Comunidades Quilombolas extraem e preservam a Castanha do Pará, Riqueza nativa da Amazônia



O Quilombolas chegaram à Amazônia, raptado da África e explorado como mão-de-obra escrava, e, assim como na maior parte do Brasil, foram forçados a trabalhar na lavoura, em 1785 dezenas de negros escravizados, foram destinados a trabalhar na Companhia de Comércio do Grão Pará e Maranhão.
Tamanha era a violência contra os negros que muitos fugiram para a mata, criando os chamados quilombos. Os quilombos eram refúgios de preservação humana, social e cultural em resistência à soberania branca. Fixaram-se no povoado de Uruá-Tapera, hoje conhecido como Oriximiná e ocupando, também, as regiões ribeirinhas pelo rio trombetas, Erepecuru e Cuminã.
Hoje, cerca de 30 comunidades de remanescentes quilombolas resistem, no médio Amazonas, distribuídas às margens dos rios Trombetas, Erepecuru e Cuminã, numa área totalizando cerca de 300 mil hectares de terras tituladas, tendo cultura própria, são ameaçadas de todos os interessados nas riquezas de suas terras. 
As comunidades aproveitam diversos elementos da castanha, as amêndoas que são extraídas do ouriço e vão para as usinas de beneficiamento e exportação, os “ouriços” que são aproveitados para confecção de diversos artesanatos, geralmente feitos pelas mulheres das comunidades, as cascas também são aproveitadas para este fim. 
Entre as ações do Projeto Manejo de Remanescentes Quilombolas, destaca-se a organização do Sistema Comunitário de Exploração da Castanha-do-Pará. Somente com o Projeto Manejo que os quilombolas puderam explorar a castanha de uma forma mais rentável, organizada com um melhor trabalho de coleta e comercialização, superando as dificuldades no transporte e venda para as usinas de beneficiamento.

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